O Brasil registrou, em julho de 2025, o menor superávit comercial para o mês nos últimos três anos, somando US$ 7,075 bilhões — queda de 6,3% em relação a julho de 2024. O resultado foi impactado pela queda no preço das commodities e pelo aumento das importações.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), tanto exportações quanto importações bateram recorde no mês. As vendas externas totalizaram US$ 32,31 bilhões (+4,8%), enquanto as compras somaram US$ 25,23 bilhões (+8,4%).
No acumulado do ano, o superávit é de US$ 36,98 bilhões — recuo de 24,7% frente ao mesmo período de 2024 e o pior resultado para o intervalo desde 2020. O desempenho também foi afetado pelo déficit de fevereiro, causado pela importação de uma plataforma de petróleo.
Entre os setores, o agronegócio teve crescimento modesto nas exportações (+0,3%), com destaque para o café, cujas vendas aumentaram 25,4% impulsionadas pela alta nos preços. Já o milho caiu 27,2% nas exportações. A indústria extrativa teve aumento no volume exportado, mas preços mais baixos, especialmente com o minério de ferro (-12,9%). O petróleo teve crescimento de 8,1% nas exportações.
Do lado das importações, motores, adubos e combustíveis puxaram a alta. A compra de motores cresceu 43,9%.
A estimativa oficial do Mdic para o superávit em 2025 é de US$ 50,4 bilhões, enquanto o mercado projeta US$ 65,25 bilhões.





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