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Azul é condenada a indenizar casal por atrasos de mais de 70 horas

A companhia aérea Azul foi condenada a indenizar um casal de Goiânia (GO) em R$ 20 mil por danos morais e materiais, após uma série de atrasos que somaram mais de 70 horas durante uma viagem para Chapecó (SC). O processo tramitou no 4º Juizado Especial Cível de Goiânia.

De acordo com os autos, o casal, que viajava com um bebê de colo, iniciou o trajeto na capital goiana com conexão em Viracopos (SP). O voo, no entanto, foi alterado e, em vez de seguir para Chapecó, foi desviado para Porto Alegre (RS) — cidade situada a mais de 10 horas de distância do destino final por via terrestre.

Os passageiros afirmam que a companhia não ofereceu assistência adequada, limitando-se a disponibilizar transporte por ônibus, considerado inviável pelos clientes. Diante da situação, o casal arcou com despesas de hospedagem, alimentação e locação de veículo, chegando a Chapecó com mais de 27 horas de atraso.

Na viagem de volta, o problema se repetiu. O voo foi cancelado no momento do check-in e remarcado para outra rota com duas conexões, que também acabou cancelada. Após mais de 24 horas de espera, o casal conseguiu embarcar em novo voo, mas um novo atraso ocasionou a perda da conexão final para Goiânia. A família foi obrigada a pernoitar em Campinas (SP) sem acesso às bagagens, com a filha doente e sem fraldas ou medicamentos.

O retorno a Goiânia ocorreu com atraso total superior a 42 horas. Somadas as ocorrências de ida e volta, os atrasos ultrapassaram 70 horas.

Na decisão, o juiz Gustavo Carvalho destacou que “os autores foram submetidos a atrasos e cancelamentos sucessivos que extrapolaram a fronteira do mero aborrecimento cotidiano”. O magistrado ressaltou ainda que a situação foi agravada pela presença da filha bebê, que adoeceu durante a viagem.

A Azul foi condenada ao pagamento de R$ 3.117,37 por danos materiais e R$ 10 mil de indenização por danos morais para cada um dos autores. A decisão foi expedida em 1º de outubro. Procurada, a companhia aérea informou que “não comenta casos sub judice”.