A recusa do ministro Alexandre de Moraes ao pedido de Carlos Bolsonaro para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro na data de seu aniversário reacendeu o debate sobre tratamento diferenciado a figuras políticas na Polícia Federal. Segundo análise do comentarista Pedro Venceslau, apoiadores do ex-presidente adotam agora o discurso de defesa de direitos que antes criticavam quando Lula esteve preso em Curitiba.
O analista lembrou que Lula foi impedido de comparecer ao velório do irmão, Vavá, teve visitas religiosas restringidas e encontrou limitações até mesmo para receber Fernando Haddad, seu advogado à época. Venceslau destacou que as regras da PF são claras e não preveem exceção para aniversários ou outras datas especiais.
Apesar de Bolsonaro ter condições de reclusão mais confortáveis — como cela de Estado Maior com banheiro privativo e ar-condicionado —, o analista afirma que não há base legal para estender privilégios além do permitido. Ele reforçou a contradição dos bolsonaristas, que antes exigiam endurecimento para Lula e agora reivindicam flexibilizações para Bolsonaro.
A polêmica ganhou força após Michelle Bolsonaro e a filha visitarem o ex-presidente, enquanto o pedido de Carlos foi negado, seguindo as regras que autorizam visitas apenas às terças e quintas-feiras.





Add Comment