Os consumidores do Distrito Federal devem sentir um pequeno alívio nos gastos com combustíveis nos próximos dias. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) informou nesta segunda-feira, 20 de outubro, que o preço da gasolina pode cair até dez centavos por litro nos postos da região após o novo reajuste anunciado pela Petrobras.
A estatal reduziu em 4,9% o valor da gasolina vendida às distribuidoras, o que fez o preço médio do litro cair de dois reais e oitenta e cinco centavos para dois reais e setenta e um centavos, uma diferença de catorze centavos. Esta é a segunda redução de preços da gasolina promovida pela Petrobras em 2025, movimento que segue a tendência de queda nas cotações internacionais do petróleo e na valorização do real frente ao dólar.
O reajuste, contudo, aplica-se apenas à chamada gasolina tipo A, o combustível puro que é comercializado diretamente às distribuidoras. Nos postos, o consumidor compra a gasolina tipo C, que contém vinte e sete vírgula cinco por cento de etanol anidro, o que dilui o impacto final do desconto. Assim, a redução percebida nas bombas tende a ser menor do que a anunciada pela estatal.
De acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios praticados no Distrito Federal estavam em quatro reais e cinquenta e nove centavos por litro para o etanol hidratado, seis reais e quarenta e um centavos para a gasolina comum e seis reais e quarenta e três centavos para a gasolina aditivada. O diesel comum mantinha média de cinco reais e oitenta e três centavos por litro.
Segundo o Sindicombustíveis, a queda de preços nos postos deve ocorrer de forma gradual, uma vez que muitos estabelecimentos ainda possuem estoques adquiridos com os valores anteriores. O sindicato destaca que as margens de revenda e os custos logísticos também influenciam no repasse final ao consumidor, que pode variar de acordo com a localização e a política comercial de cada posto.
Especialistas do setor avaliam que a redução, embora modesta, pode contribuir para frear a inflação de curto prazo e aliviar os custos de transporte e frete urbano, especialmente em um momento de pressão sobre os preços de alimentos e serviços. Analistas apontam ainda que o cenário internacional do petróleo, somado à política de preços da Petrobras, continuará sendo determinante para as próximas revisões.
A empresa informou, em nota, que a decisão segue sua estratégia comercial de alinhamento gradual dos preços aos valores de referência internacionais, preservando a competitividade no mercado interno e garantindo o abastecimento em todo o país. A Petrobras ressaltou que as revisões de preços não representam uma política automática de paridade e levam em conta fatores como câmbio, custo de importação e equilíbrio entre oferta e demanda.
Enquanto a nova tabela de preços começa a vigorar, o consumidor brasiliense deve observar variações pontuais entre diferentes postos. O Sindicombustíveis reforça a importância de pesquisar antes de abastecer, já que a concorrência local pode influenciar significativamente no preço final. Caso o cenário de estabilidade do petróleo se mantenha, a tendência é de que o litro da gasolina no Distrito Federal fique, em média, entre seis reais e trinta e seis e seis reais e trinta e um centavos nas próximas semanas.





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