Evento em Brasília reuniu Lula, ministros e cerca de 45 mil pessoas; tema central foi “Brasil Soberano”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste domingo (7) do desfile de 7 de Setembro, realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento, marcado por discursos em defesa da soberania nacional e do lema “Brasil Soberano”, não contou com a presença de nenhum dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), diferentemente de 2024, quando seis magistrados estiveram no palanque.
O governo estabeleceu três eixos temáticos para a celebração: “Brasil dos Brasileiros”, “Brasil do Futuro” e a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém. Bonés com o tema foram distribuídos ao público, acompanhado por música gravada especialmente para a data pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Presenças e ausências
Entre as autoridades presentes estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a maior parte dos ministros, incluindo Ricardo Lewandowski (Justiça), Marina Silva (Meio Ambiente), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceu.
Ministros do União Brasil e Progressistas — André Fufuca (Esportes), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Celso Sabino (Turismo) — também participaram, apesar da recomendação de seus partidos para que deixem os cargos.
A Secretaria de Comunicação estimou em 45 mil pessoas o público presente nas arquibancadas. Parte dos espectadores entoou gritos de “sem anistia”, em referência aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Contexto político
O desfile ocorreu em meio à expectativa pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. Em pronunciamento no sábado (6), Lula reforçou o discurso de defesa da soberania e criticou, sem citar nomes, adversários políticos:
“São traidores da pátria. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. A história não os perdoará.”
O governo tem adotado uma estratégia de ressignificação do patriotismo, antes associado ao bolsonarismo, e segue atuando contra projetos no Congresso que buscam anistiar militares e civis envolvidos no 8 de janeiro.





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