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Greve dos professores da rede pública do DF tem início nesta segunda-feira

Estudantes relatam preocupação com o impacto no calendário escolar e preparação para o Enem

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal começou nesta segunda-feira (3/6), após deliberação em assembleia realizada na última terça-feira (28/5). A paralisação já afeta o funcionamento de diversas escolas, como o Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, onde o número de alunos presentes foi reduzido logo no primeiro dia do movimento.

O estudante João Victor, de 16 anos, que cursa o Ensino Médio na unidade, relata que a maioria dos professores aderiu à greve, embora alguns tenham comunicado a manutenção das aulas. “Acredito que a greve não dure muito, talvez uns 15 dias. Tenho esperança de que logo tudo se resolva”, disse o jovem, que mora no Gama e precisa sair de casa às 4h30 para chegar à escola. Para ele, a paralisação compromete o calendário letivo e pode levar a reposições aos sábados.

Pais de alunos também demonstram preocupação. André Luiz de Paiva, de 51 anos, pai de um estudante do terceiro ano, lamenta os prejuízos para os alunos, especialmente em um momento decisivo de preparação para o Enem e vestibulares. “É necessário valorizar os professores. Infelizmente, o governo não está cumprindo nem o que foi determinado pela Justiça”, afirmou.

O filho de André, André Guimarães Paiva, de 17 anos, conta que esta é a segunda greve que enfrenta no Ensino Médio. “Três professores disseram que continuariam dando aula, por isso fui para a escola mesmo assim”, relatou.

Reivindicações da categoria

A greve foi motivada pela campanha salarial da categoria, que reivindica reajuste de 19,8% e revisão no plano de carreira, incluindo a redução do tempo necessário para alcançar o topo da tabela salarial. Os docentes também pedem o reajuste dos percentuais de titulação para professores com especialização, mestrado e doutorado. Atualmente, os valores são de 5%, 10% e 15%, respectivamente, sobre o vencimento básico. A proposta do sindicato é dobrar esses índices para 10%, 20% e 30%.

A categoria argumenta que as reivindicações já deveriam ter sido atendidas conforme acordos anteriores e apontam que o governo não tem priorizado a educação.

Voz de Brasília

Fonte: Correio Braziliense

Foto: foto da web