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PCDF apura supostas fraudes cometidas por auditores; Secretaria do DF Legal coopera com a investigação

A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) deflagraram, hoje (20), uma operação para apurar supostos crimes cometidos por um grupo composto por auditores fiscais do DF Legal.

Três suspeitos de integrarem o esquema foram presos.Os agentes cumprem ainda 17 mandados de busca e apreensão no DF, e em Goiânia e Alexânia, em Goiás.

De acordo com as investigações, os suspeitos cobravam propina para não fiscalizar imóveis e pessoas, e para emitir indevidamente autorizações, como alvarás de construção e habite-se.

A polícia afirma que os investigados ainda atuavam reduzindo ou extinguindo débitos e taxas, repassando informações sigilosas sobre ações fiscalizatórias e cancelando autos de infração, embargo e interdições.

A Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) disse que está colaborando com as investigações e que não “coaduna com nenhum tipo de irregularidade” (confira íntegra abaixo).

De acordo com a corporação, o grupo é composto por dois auditores fiscais e uma terceira pessoa, responsável por captar clientes e fazer a intermediação das negociações com os servidores públicos. Esses clientes também foram alvos de mandado de busca e apreensão.

As investigações apontam que um dos auditores fiscais suspeito de integrar o esquema criminoso já está aposentado. Mesmo assim, se apresentava como se fosse da ativa para praticar as irregularidades.

Os suspeitos podem responder por crimes de associação criminosa, concussão, corrupção, entre outros que ainda serão apurados pela Polícia Civil. Somadas, as penas até agora podem somar 27 anos de prisão.

A operação de hoje foi batizada de Ludíbrio, termo sinônimo de “engano”, já que a Polícia Civil afirma que os investigados ludibriaram as ações fiscalizatórias da secretaria. Cerca de 100 policiais participaram da ação, que conta com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).

Confira a íntegra da nota do DF Legal:

“A Secretaria DF Legal informa que cooperou desde o primeiro momento com todas informações.

A pasta informa ainda que não coaduna com nenhum tipo de irregularidade e é pautada pela transparência e honestidade de seu trabalho para a população do Distrito Federal.

A secretaria destaca que já abriu processo em sua corredoria interna para a devida apuração dos fatos.”

Fonte: g1
Foto: Agência Brasil